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conversão de prédio em condomínio horizontal requisitos legais e registro é o tema deste guia prático. Aqui você vai entender o que o Código Civil e as normas municipais exigem, conferir os documentos que o cartório pede, as responsabilidades do proprietário e do incorporador, e como organizar a assembleia para aprovar a transformação. Também aprende sobre alvará, análise urbanística, memorial descritivo e cálculo da fração ideal, além do registro da nova matrícula e da regularização de impostos como o IPTU. No final, recebe um checklist para acompanhar prazos e custos e deixar tudo regular.
Principais Aprendizados
- Verifique a viabilidade legal do projeto.
- Comunique e envolva os proprietários desde o início.
- Contrate engenheiro e arquiteto para adaptar o prédio.
- Atualize documentação e registre o novo condomínio.
- Planeje orçamento e cronograma realistas.

Conversão de prédio em condomínio horizontal requisitos legais e registro
A conversão de prédio em condomínio horizontal transforma a identidade do imóvel: de um edifício único para unidades independentes. Isso exige ajustes na matrícula, na planta e na descrição legal — basicamente uma troca de documento: tudo precisa coincidir no papel. O processo passa por regras do Código Civil e por normas da prefeitura (uso do solo, zoneamento e exigências de segurança). No cartório, o registro final formaliza a mudança; sem averbação e nova matrícula, cada unidade fica sem validade jurídica. Entender a importância do registro ajuda a evitar riscos e a garantir segurança jurídica (a importância do registro de imóvel).
O que cumprir segundo o Código Civil e as normas municipais
Pelo Código Civil, o imóvel convertido deve ter:
- descrição das unidades;
- frações ideais;
- convenção de condomínio;
- declaração das áreas privativas e comuns.
A prefeitura pode exigir aprovação de projeto, alvará, habite-se atualizado, conformidade com recuos e gabarito. Obras podem demandar vistorias do corpo de bombeiros e órgãos de saneamento; em muitos casos será preciso iniciar procedimentos administrativos específicos para regularizar obras e evitar multas (regularização de obra sem alvará).
Documentos legais essenciais para apresentar ao cartório
Reúna documentos técnicos, administrativos e autorizações legais; sem eles o cartório não registra a conversão. Itens essenciais:
- Memorial descritivo com frações ideais;
- Planta aprovada pela prefeitura e projeto arquitetônico;
- ART/RRT do engenheiro ou arquiteto responsável;
- Matrícula atualizada do imóvel e certidão de ônus;
- Convenção do condomínio e ata de constituição/assembleia;
- Habite-se e certidões do corpo de bombeiros (quando exigido).
O cartório verificará a conformidade técnica e jurídica antes de averbar a conversão; em caso de pendências, existe orientação prática sobre como resolver pendências de registro imobiliário (como resolver pendências de registro imobiliário).
Responsabilidades do proprietário e do incorporador
O incorporador entrega projeto e documentos conforme aprovados e responde por vícios de construção. O proprietário mantém a documentação atualizada, paga impostos e participa da assembleia para aprovar a convenção. Ambos devem colaborar para que a conversão de prédio em condomínio horizontal requisitos legais e registro seja válida; as questões de direito condominial e deveres das partes estão bem descritas em material introdutório sobre o tema (direito condominial: conceitos básicos).

Passo a passo: do projeto ao registro
- Solicite laudo técnico e projeto de divisão a engenheiro/arquitetor (mapear instalações e estrutura).
- Corrija eventuais ajustes estruturais e elétricos apontados no laudo.
- Obtenha planta aprovada na prefeitura e número de matrícula atual — siga orientações do processo de regularização para reunir documentos e tramitar junto ao poder público (processo de regularização de imóveis: passo a passo).
- Redija memorial descritivo com frações ideais e prepare a convenção.
- Regularize dívidas fiscais (IPTU) antes do registro, verificando possíveis pendências cadastrais (regularização de imóvel com pendências cadastrais).
- Protocole no cartório após reunir toda documentação.
A conversão de prédio em condomínio horizontal requisitos legais e registro depende de que tudo esteja regular para não travar no cartório.
Avaliação técnica e projeto de divisão
- Peça laudo estrutural para verificar capacidade de suporte de pilares, vigas e fundação.
- Projeto de divisão deve detalhar áreas comuns, vagas e metragem de cada unidade.
- Exija planta assinada e ART/CREA para validade na prefeitura e no registro.
Como organizar a assembleia e aprovar a transformação
- Convide condôminos com edital e pauta clara: aprovação do projeto, divisão de áreas e comissão administrativa.
- Apresente custos e cronograma para reduzir resistência.
- Registre atas e assinaturas; verifique quórum qualificado exigido localmente.
- Documente tudo para apresentação ao cartório.
Para dúvidas sobre quóruns, convocação e formalidades, observe as regras das assembleias condominiais.
Checklist prático das etapas finais
- Laudo técnico, planta aprovada e memorial descritivo;
- Convenção assinada e atas de assembleia;
- Certidões negativas e matrícula atualizada;
- ART/CREA dos responsáveis;
- Protocolo no cartório e acompanhamento até emissão das novas matrículas.
Considere também orientações sobre como resolver pendências e acompanhar exigências cartoriais (orientações para pendências de registro).

Aprovação municipal e desmembramento
Converter o prédio e desmembrar o terreno exige autorização municipal: alvará, análise urbanística e, por vezes, licença ambiental. A prefeitura verificará uso do solo, gabarito, infraestrutura e plano diretor. Entregue plantas assinadas, memorial descritivo, ART/RRT e certidões em dia — a expressão conversão de prédio em condomínio horizontal requisitos legais e registro aparece nas exigências tanto do cartório quanto da prefeitura.
Para procedimentos de desmembramento e impactos fiscais, consulte orientações sobre desdobro de lote e processo administrativo.
Como obter alvará e análise urbanística
- Protocole processo com plantas, ART/RRT, memorial e certidões;
- Aguarde análise urbanística; atenda exigências e realize vistorias;
- Reapresente correções quando solicitado;
- Receba alvará e prossiga para registro.
Os passos para regularizar obras sem alvará ajudam a entender prazos e defesas administrativas (regularização de obra sem alvará).
Requisitos de desmembramento na prática
- Medidas mínimas conforme legislação municipal;
- Prova de acesso público ou plano de infraestrutura;
- Levantamento topográfico e memorial descritivo;
- Certidão de uso do solo e certidões negativas;
- ART/RRT dos profissionais envolvidos.
Exigências municipais comuns
Taxas de fiscalização, pavimentação de acesso, ligação de água/esgoto, recuos mínimos, testada mínima, comprovação de destinação de áreas verdes e declaração de viabilidade.

Memorial descritivo e cálculo da fração ideal
O memorial descritivo descreve unidades privativas, áreas comuns, vagas e padrões de acabamento, com medidas, limites e usos. É o documento que permite individualizar unidades e definir a fração ideal — crucial na conversão de prédio em condomínio horizontal requisitos legais e registro.
Como descrever áreas, vagas e áreas comuns
- Área privativa: medidas em m², paredes, janelas e acesso;
- Vagas: número, tipo (privativa/rotativa), localização e titularidade;
- Áreas comuns: finalidade (piscina, salão), limites de uso e manutenção;
- Anexos técnicos: plantas, quadros de áreas e ART/CREA.
Para orientar a individualização de vagas e eventual matrícula própria, verifique materiais sobre a matrícula e o direito de uso exclusivo de vagas (vagas de garagem e matrícula própria).
Itens essenciais: identificação da unidade, área privativa (m²), vagas (nº e tipo), áreas comuns (descrição e m²).
Cálculo da fração ideal (passo a passo)
- Levante a área privativa de cada unidade (m²).
- Some todas as áreas privativas para obter a área total.
- Divida a área da unidade pela área total.
- Multiplique por 100 para obter a fração ideal em porcentagem.
- Registre a fração no memorial e na matrícula.
Exemplo simples:
| Unidade | Área (m²) | Fração ideal (%) |
|---|---|---|
| Unidade A | 70 | 14,00 |
| Unidade B | 90 | 18,00 |
| Unidade C | 340 | 68,00 |
| Total | 500 | 100,00 |
Inclua vagas e áreas de uso exclusivo na base de cálculo conforme critério do memorial.
Registro do memorial na matrícula
O memorial assinado pelo responsável técnico deve ser apresentado ao cartório de registro de imóveis para inserir a descrição na matrícula do condomínio e de cada unidade. Sem registro, a individualização não possui eficácia contra terceiros; para entender melhor por que o registro é essencial, veja como ele garante segurança nas transações (registro de imóvel na compra segura).

Registro e matrícula no cartório de imóveis
Registrar o condomínio é o ato que transforma divisão física em direito real. Para a conversão de prédio em condomínio horizontal requisitos legais e registro, apresente convenção, memorial e plantas aprovadas. O cartório cria a matrícula principal do condomínio e matrículas individuais para cada unidade e vaga, permitindo venda, hipoteca ou transferência segura.
Documentos para registrar o condomínio e a convenção
- Planta aprovada pela prefeitura com ART/CAU;
- Convenção de condomínio assinada;
- Memorial descritivo com frações ideais;
- Documentos pessoais (RG, CPF) dos proprietários;
- Matrícula atual do imóvel atualizada;
- Certidões negativas quando solicitadas.
Ao lidar com qualquer exigência cartorial, confira orientações práticas sobre como resolver pendências e encaminhar correções (resolução de pendências de registro).
Individualização e criação de matrículas separadas
Com convenção e memorial registrados, o cartório cria a matrícula matriz e abre matrículas separadas para cada unidade, incluindo a fração ideal. O cartório pode exigir correções na planta ou vistoria técnica antes de liberar as matrículas.
Custos e prazos do registro
- Custos: advogado/técnico, taxas do cartório, impostos — de algumas centenas a alguns milhares de reais, variando por estado e valor do imóvel.
- Prazos: geralmente 30 a 90 dias, mas processos complexos podem levar mais tempo.

Regularização, IPTU e governança
Após o registro, atualize o cadastro do imóvel e solicite atualização do IPTU por unidade. As prefeituras cobram por lote/fração ideal; sem atualização, pode haver cobranças incorretas e multas. Defina regras de governança: quem paga o quê, quóruns, administração e prestação de contas — registre a convenção e convoque a primeira assembleia para aprovar tudo.
Como regularizar IPTU, taxas e tributos
- Leve planta aprovada e registro ao cartório e à prefeitura;
- Atualize o cadastro para emissão de IPTU por unidade;
- Comunique concessionárias (água, luz) e solicite atualizações de titularidade;
- Guarde protocolos e certidões para vendas ou financiamentos.
Para tratar pendências fiscais e cadastrais, siga orientações sobre regularização administrativa e ajustes cadastrais (regularização de imóvel com pendências cadastrais) e o processo de regularização de imóveis em etapas (processo de regularização: passo a passo).
Convenção, regimento interno e obrigações
- Convenção: define frações ideais, quóruns, administração e eleição de síndico;
- Regimento interno: regras do dia a dia (barulho, uso de áreas comuns, multas leves).
Para regras sobre uso e gestão das áreas coletivas, veja orientações sobre o uso de áreas comuns no condomínio. Se houver necessidade de alterar a convenção depois do registro, há procedimentos específicos para aprovação e registro de mudanças (alteração de convenção condominial).
Deveres contínuos do síndico e assembleias
O síndico cobra a taxa condominial, presta contas, zela pela manutenção e representa o condomínio. Convoca assembleias ordinárias anuais e extraordinárias quando necessário. Mantenha registros claros para consulta dos moradores. Para atos relacionados a obras e responsabilidades do gestor, consulte as obrigações documentadas sobre responsabilidades do síndico em obras e as normas aplicáveis a reformas (obras e reformas em condomínios).
Conclusão
Você agora tem o roteiro para a conversão de prédio em condomínio horizontal requisitos legais e registro: laudo técnico, planta aprovada, memorial descritivo com fração ideal, convenção assinada e registro no cartório. Faça a lição de casa com a prefeitura, regularize o IPTU e cuide da governança. Documentos claros e profissionais ágeis são o melhor investimento para evitar atrasos e multas.
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Perguntas frequentes
Q: O que é a conversão de prédio em condomínio horizontal?
A: É transformar um prédio em lotes/unidades autônomas, com áreas comuns e convenção registrada — verifique sempre conversão de prédio em condomínio horizontal requisitos legais e registro antes de iniciar.
Q: Quais documentos são necessários?
A: Planta aprovada pela prefeitura, memorial descritivo, convenção, matrícula atualizada, ART/CREA e alvarás quando exigidos.
Q: Quanto tempo demora o processo?
A: Depende da prefeitura e do cartório; pode levar meses a mais de um ano, somando aprovação técnica e registros.
Q: Preciso da concordância dos moradores?
A: Sim. Normalmente é exigida assembleia e votação com quórum previsto na legislação local; confira as regras de convocação e quórum em assembleias condominiais.
Q: Como é feito o registro final?
A: Escritura e matrícula das novas unidades registradas no cartório de registro de imóveis; depois, atualização do IPTU e inscrição da convenção. Para entender o impacto do registro na segurança das futuras transações, veja materiais sobre registro de imóvel na compra segura.

