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Quando a perícia confirma direito ao auxílio-acidente
Quando a perícia confirma direito ao auxílio-acidente, você encontra aqui tudo o que precisa saber sobre como a perícia médica do INSS avalia seu caso: o que ela verifica na incapacidade parcial permanente, quais documentos levar, o checklist do laudo pericial, requisitos que o INSS analisa, diferença entre acidente de trabalho e não laboral, interpretação de termos do perito, concessão e cálculo do benefício, o que fazer se negarem e como recorrer. Dicas práticas para organizar exames, relatórios e relatar suas limitações sem erros comuns.
Principais conclusões
- Você tem direito ao auxílio-acidente quando a perícia confirmar sequela.
- O INSS pagará seu benefício todo mês.
- O valor é calculado a partir do salário-de-benefício e da perda funcional.
- Você pode pedir revisão se sua condição mudar.
- O auxílio não impede que você continue trabalhando nem a busca por aposentadoria por invalidez, quando cabível — veja também como o tempo de auxílio-acidente pode influenciar aposentadoria.
Quando a perícia confirma direito ao auxílio-acidente: como a perícia médica INSS avalia seu caso
Quando a perícia confirma direito ao auxílio-acidente, o perito reconhece uma sequela permanente causada por acidente ou doença ocupacional que reduz parte da sua capacidade de trabalho. A avaliação considera exames, histórico, testes práticos (movimentos, força, sensibilidade) e a relação entre a lesão e as tarefas que você desempenha. Traga exemplos concretos do seu trabalho para facilitar a comparação.
O laudo deve indicar o nexo causal, descrever a sequela e afirmar se a incapacidade é parcial e permanente. Se aprovado, o auxílio funciona como complemento mensal e você pode continuar trabalhando. Em caso de discordância, é possível recorrer administrativamente e apresentar provas técnicas — consulte orientações sobre o que fazer quando o INSS nega o auxílio-acidente.
O que a perícia verifica sobre incapacidade parcial permanente
- Se a perda é duradoura e está estabilizada (não temporária).
- Quanto a limitação afeta atividades profissionais essenciais.
- Se a limitação é parcial (mantém parte da capacidade) e possibilidade de reabilitação.
O perito compara o antes e o depois, identificando atividades que hoje exigem adaptação ou impedem o desempenho — entenda melhor quando há direito mesmo a sequela mínima.
Documentos que você deve levar para a perícia médica INSS
Leve documentos que comprovem lesão, tratamento e vínculo com o trabalho:
- Identidade, CPF e comprovante de endereço.
- Carteira de Trabalho / contrato.
- CAT (quando houver acidente de trabalho).
- Relatórios médicos, laudos e prontuários — veja dicas sobre como conseguir laudo que comprove sequelas permanentes.
- Exames de imagem (RX, tomografia, ressonância) e laboratoriais — lista de exames que comprovam direito ao auxílio-acidente.
- Atestados, receituários e registros de afastamentos.
- Declaração do empregador e descrição das atividades laborais.
Organize tudo em ordem cronológica e destaque as páginas mais importantes.
Checklist do laudo pericial
O laudo deve conter:
- Descrição da sequela e CID.
- Grau de limitação e estabilidade lesional.
- Nexo causal entre o acidente e a sequela.
- Data de estabilização e assinatura/identificação do perito.
- Exames e recomendações sobre reabilitação.
Para reforçar o laudo, veja modelos e orientações em como pedir benefício por sequela ao INSS.
Quais são os requisitos que o INSS analisa
O INSS verifica:
- Existência de sequela permanente que reduza a capacidade para o trabalho habitual.
- Qualidade de segurado no momento do evento.
- Nexo causal entre acidente (ou doença ocupacional) e a sequela.
A perícia médica do INSS é decisiva: quando a perícia confirma direito ao auxílio-acidente, o laudo é a base da concessão. Sem documentação que comprove nexo e sequela, o pedido costuma ser negado — veja o passo a passo se isso acontecer em como reagir a uma negativa.
Diferença entre acidente de trabalho e acidente não laboral
- Acidente de trabalho: ligação direta com atividades profissionais (inclui trajeto). A CAT facilita a prova.
- Acidente não laboral: fora do contexto profissional; ainda há direito se você era segurado, mas depende mais de laudos, prontuários e testemunhas — compare com orientações sobre acidente fora do trabalho.
Critérios legais e provas de sequela
O auxílio-acidente é indenizatório: compensa perda funcional. Provas mais relevantes:
- Laudos médicos atualizados.
- Exames de imagem e funcionais.
- Prontuários hospitalares e relatórios de cirurgia/atendimento.
- CAT e comunicações formais ao empregador.
- Atestados, relatórios de fisioterapia e laudo pericial particular quando necessário.
Saiba também sobre direitos quando há sequela psicológica.
Interpretação do laudo pericial: o que significa quando a perícia confirma direito ao auxílio-acidente
Quando a perícia confirma direito ao auxílio-acidente, o laudo reconhece sequela permanente que reduz sua capacidade de trabalho. Isso não equivale a incapacidade total; é perda funcional que justifica o benefício indenizatório. O impacto financeiro é um pagamento mensal complementar, calculado conforme a base legal e o percentual de redução. Leia o laudo com atenção para entender os fundamentos da decisão e as datas que podem gerar retroativos — orientações sobre como garantir retroativo estão em como garantir retroativo do auxílio-acidente.
O que significa incapacidade parcial permanente no laudo
A incapacidade parcial permanente aponta perda parcial da capacidade para atividades habituais (ex.: redução de força, amplitude de movimento, destreza manual ou dor crônica que limita esforço). O perito pode indicar percentual ou descrever limitações que o INSS usa para calcular o auxílio — veja exemplos em como funciona quando a sequela é leve.
Termos do perito que influenciam a concessão
Palavras-chave a observar no laudo:
- Sequela (lesão permanente)
- Estabilidade lesional (quando a lesão parou de evoluir)
- Limitação funcional (o que você não consegue fazer)
- Grau de incapacidade (intensidade da perda)
Um laudo claro e com exemplos de atividades cotidianas tem mais peso que frases vagas.
Palavras do laudo que você deve entender:
- Sequela, incapacidade parcial, estabilidade, limitação funcional.
Como é feita a concessão do benefício e como você recebe o valor
Quando a perícia confirma direito ao auxílio-acidente, o laudo é lançado no sistema do INSS e inicia a análise administrativa (verificação de contribuições e documentos). Se a decisão for favorável, o INSS calcula o valor (base: salário-de-benefício e percentual aplicável) e programa o pagamento por depósito em conta, ordem de pagamento ou agência. Eventuais retroativos são pagos conforme a data do direito reconhecida — opções e procedimentos detalhados em como pedir o benefício por sequela ao INSS.
Prazos e procedimentos administrativos
O prazo para análise varia; você será informado pelo Meu INSS, e‑mail ou carta. Pendências documentais estendem o prazo — acompanhe e responda rapidamente a solicitações. Para dúvidas sobre recursos administrativos e prazos, consulte orientações sobre recurso.
Como é calculado o valor e descontos
O cálculo parte da média das contribuições (salário‑de‑benefício) e do percentual relativo à perda funcional. Aplicam-se descontos previstos por lei (ex.: IRPF, quando devido). Se quiser entender impactos em aposentadoria, veja se o auxílio-acidente entra no cálculo da aposentadoria.
Passos até a concessão:
- Agendamento e realização da perícia médica;
- Inclusão do laudo no sistema do INSS;
- Análise administrativa (CNIS e documentos);
- Decisão de concessão ou indeferimento;
- Programação do pagamento e liberação do retroativo, se houver;
- Possibilidade de recurso em caso de indeferimento.
Item | O que significa | Exemplo prático |
---|---|---|
Salário‑de‑benefício | Base usada para cálculo | Média das contribuições |
Percentual | Parcela aplicada sobre a base | Variável conforme laudo |
Valor bruto | Resultado antes de descontos | Simulação: R$ 1.000,00 |
Descontos | IRPF ou retenções aplicáveis | IR conforme tabela |
Valor líquido | O que você recebe | Valor bruto − descontos |
O que fazer se a perícia negar seu direito ao auxílio-acidente e como entrar com recurso
Se a perícia negar, leia o laudo atentamente, identifique pontos de discordância e junte provas novas. Prepare recurso administrativo (reconsideração ou Junta de Recursos) com laudos médicos atualizados, exames por imagem, atestados funcionais e documentos que comprovem o acidente (CAT, relatórios do empregador, fotos, testemunhas).
Protocole o recurso no Meu INSS, na agência ou por carta com AR dentro do prazo (normalmente 30 dias). Se o recurso administrativo não for suficiente, avalie ação judicial com advogado — encontre orientação sobre como solicitar auxílio-acidente com advogado. Mantenha um dossiê organizado com cópias protocoladas de tudo.
Como preparar o recurso pericial
- Laudos médicos claros e detalhados (especialistas).
- Exames complementares atualizados.
- Relatórios de reabilitação e fisioterapia.
- CAT, declarações do empregador, fotos e resumão cronológico (datas, tratamentos, resultados).
Um resumo direto facilita a compreensão do revisor.
Prazos e canais do INSS para recorrer
- Prazo comum: 30 dias a partir da ciência da decisão.
- Canais: Meu INSS (app/portal), telefone 135 e agências para protocolo físico.
- Acompanhe pelo Meu INSS e guarde o número do protocolo.
Dicas práticas para aumentar a chance de concessão
- Leve documentos médicos, relatórios e exames organizados cronologicamente — veja lista de exames recomendados.
- Seja objetivo no relato: exemplos concretos (ex.: não consigo levantar o braço para alcançar prateleira).
- Peça a um médico um relatório objetivo que descreva limitações funcionais e relação causal — orientações em como conseguir um laudo adequado.
- Tenha cópias e originais; destaque páginas importantes.
Quando a perícia confirma direito ao auxílio-acidente, isso costuma ocorrer após provas claras: exames que mostrem lesão permanente e relatórios que descrevam limitações.
Como organizar exames, relatórios e histórico clínico
- Reúna laudos, exames de imagem, receitas, atestados e relatórios de fisioterapia.
- Ordene cronologicamente e destaque páginas-chave.
- Anote divergências entre relatórios para explicar durante a perícia.
Como relatar o acidente e limitações de forma clara
- Conte onde, quando, o que aconteceu e o que mudou.
- Use frases curtas e exemplos do dia a dia.
- Explique impacto no trabalho: afastamentos, tarefas que não consegue mais executar, necessidade de mudança de função.
Erros comuns e como evitá-los
- Faltar documentos — leve todo o material.
- Contradições no relato — mantenha coerência.
- Minimizar sintomas — descreva com precisão.
- Falar demais sem foco — pratique um resumo objetivo.
Conclusão
Quando a perícia confirma direito ao auxílio-acidente, você obtém o reconhecimento formal de uma sequela permanente que reduz sua capacidade de trabalho. O laudo é a peça-chave: documentos organizados, exames, relatórios e exemplos concretos do dia a dia aumentam suas chances. Se negarem, reúna provas novas, recorra no prazo e acompanhe pelo Meu INSS. O auxílio é um complemento indenizatório — você pode continuar trabalhando e buscar revisão se a condição mudar. Para próximos passos após a concessão, veja o que fazer depois de conseguir o auxílio-acidente.
Quer aprofundar? Leia mais em https://thiagobezerra.adv.br.
Perguntas frequentes
- Quando a perícia confirma direito ao auxílio-acidente?
Quando o perito identifica sequela permanente que reduz sua capacidade para o trabalho e há nexo causal com o acidente. É necessário comprovar com exames e laudos.
- Quais documentos levar para aumentar a chance de que a perícia confirme direito ao auxílio-acidente?
Laudos, exames, prontuários, CAT, fotos, atestados e declarações do empregador. Organize cronologicamente.
- Quanto tempo leva para a perícia confirmar direito ao auxílio-acidente?
Varia conforme volume de processos e pendências documentais — semanas a meses. Entregar documentação completa ajuda a acelerar.
- O que fazer se a perícia negar que você tem direito ao auxílio-acidente?
Leia o laudo, reúna provas novas, protocole recurso administrativo no prazo (normalmente 30 dias) e, se necessário, busque assessoria jurídica — início em orientações para recurso.
- Se a perícia confirmar direito ao auxílio-acidente, há pagamento retroativo?
Sim: normalmente há retroativo desde a data do requerimento ou desde o marco legal indicado no caso; confirme o período com o INSS e consulte como garantir retroativo do auxílio-acidente.